Dentes cerrados e língua presa.
As ideias engarrafadas em cérebro aquecido
Eternamente sem escape.
Por medo de si,
Por medo dos outros
E do talvez.
O dizível perdeu o bonde
E o bonde, a estação.
Falta luz no fim do túnel.
.
O ditado não dito
Revela a evidência:
Em boca fechada,
Não entra alívio.
Paciência…
.
Dentes trincados e língua seca,
O tempo veio
E o tempo passou.
A palavra, não.
A palavra, nada.
Eis que o receio,
Posto avesso, atestou:
Toda mudez será castigada.
Tiago Cisneiros
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Uau! Caracas. Demorei pra burro pra ler isso mas o burro fui eu por ter demorado…
Muito foda. Esse e o autoral anterior, que foi ainda melhor!!!